Uma escola pública em particular: de “Nossa Casinha”-UNU à ESEBA -UFU

Palavras-chave e resumo criados pelo pesquisador dos Projetos “(Per)cursos da graduação em História: entre a iniciação científica e a conclusão de curso.” (PROGRAD/DIREN/UFU 2017/2018) e “Entre a iniciação científica e a conclusão de curso: a produção monográfica dos Cursos de Graduação em História da UFU” (PIBIC EM CNPq/UFU 2017-2018).Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)Esta monografia objetiva compreender como o projeto de educação da Escola de Educação Básica (ESEBA) da UFU se desenvolveu num espaço temporal demarcado por contextos políticos notavelmente diferenciáveis entre si: a política de federalização da universidade em 1977 e a desobrigação do Governo Federal quanto ao repasse de verbas para a educação nos dias de hoje. Entretanto, para além da referida diferença, o contexto histórico (1977-1997) no qual se encontra o objeto de estudo conduz à busca pela compreensão sobre em que medida a ESEBA pode ser considerada um projeto de extensão de uma universidade em processo de federalização tendo em vista que a escola, naquela época, fora criada pelos mesmos sujeitos e/ou grupos político-econômicos locais que hoje atuam de acordo com a política de privatização da Universidade Federal de Uberlândia. Outra preocupação que norteou esta pesquisa foi descobrir se havia, ou não, critérios pré-estabelecidos de acesso para o corpo docente da ESEBA em sua criação. Se sim, quais foram esses critérios e em que medida foram implementados. Numa primeira etapa da pesquisa, trabalhou-se com a documentação oficial encontrada na secretaria, direção e biblioteca da escola. Analisou-se, também, a documentação encontrada na Pró-Reitoria de Recursos Humanos e no Arquivo Geral da Universidade Federal de Uberlândia. Para uma investigação sobre o poder de compra dos salários do corpo docente da ESEBA entre 1977 e 1997, recorreu-se ao apoio do Centro de Estudos, Pesquisas, Projetos Econômicos e Sociais (CEPES) do Departamento de Economia da Universidade Federal de Uberlândia. Tal análise teve por finalidade avaliar a correspondência entre o poder de compra do salário do corpo docente da UFU de 1977 (em cruzeiros) e o salário do corpo docente da universidade nos dias de hoje (em reais). Também foram realizadas entrevistas: uma com a ex-diretora da escola, Professora Ana Maria Costa de Sousa (1977-1981) e outra com a diretora da escola, Professora Ana Ferolla da Silva (1986-1997). Ademais foram consideradas as entrevistas de políticos e intelectuais contidas na obra “A UFU no Imaginário Social” (1988), de Coraly Gará Caetano e Miriam Michel Cury Dib, elaborada para a comemoração do décimo aniversário de federalização da UFU. Finalmente, foram utilizadas as documentações da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (ADUFU), do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (SINTET) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE). O texto monográfico se divide em duas partes: a primeira trata da fundação da atual ESEBA e sua federalização. A segunda parte trata especificamente da ESEBA como projeto de extensão, ou não, da UFU para a comunidade uberlandense